A maldade é uma questão de escolha.
Se houvesse no mundo apenas uma mãe e seu filho, e a mãe fosse o Bem, e o filho decidisse ser de outro jeito que não o da mãe, o jeito dele seria o Mal.
Não teria de ser uma questão de revolta, apenas de opção.
Seria então a escolha do Mal uma libertação?
Só seria uma libertação se o Bem fosse uma prisão.
E se o Bem fosse a prisão escolhida pelo Todo-Poderoso, quem escaparia?
A maldade existe porque a liberdade permite o dizer não.
Por que o exercício do direito de escolha deveria incorrer em juízo?
Porque toda escolha é um ato de responsabilidade.
E sempre se pode escolher o bem.
O mal é o seu próprio castigo, como o bem é a sua própria recompensa.
ARIOVALDO RAMOS
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