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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

RELATIVIDADE DOS DADOS





 




  







    
O papel das ciências sociais é essencial, não há o que discutir acerca da abrangência de sua importância.

 
Entretanto, elas têm se limitado demais a fazer escrutínios e a coletar dados ressaltando o que as pessoas fazem e sentem.
 
As conclusões, registradas em estudos especializados,   acabam se tornando modelos idealizados de procedimento para as pessoas.


Considerando a interferência da maldade humana podemos deduzir que este tipo de método aplicado, tem engendrado processos degenerativos, em número assombrosamente crescente, por causa de sutis manipulações e por predominância de interesses pessoais.

Por outro lado, em escala global, os atos humanos que  comprovam a multiplicidade de costumes e concepções, por vezes, têm sido propositalmente omitidos no cômputo final.



Prevalecendo os escrutínios e dados das ciências sociais, a noção de relatividade das coisas tende a ficar cada vez maior, mesmo no tocante aos aspectos morais predominantes.

Sob o ponto de vista cristão, a estatística pode ser um notável mecanismo de mensuração, mas por si mesma, não outorga a sério, nenhum conhecimento visceral do mundo e da natureza humana, tampouco apresenta serventia alguma para o formato de quaisquer normas de vida de quem quer que seja.


 Que tal apenas manter registro desses tipos de dados como meras informações!

Que tal tê-los em cheque permanente sob o crivo de perguntas pertinentes, sem permitir que funcionem como determinações a serem obedecidas sem mais nem menos!

Afinal, essa relatividade de dados é relativa demais.




TÉRCIO PAIVA FARIAS

 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

GRAÇA GRACIOSA

      

A pessoa dotada de graça é graciosa naturalmente.

É aberta, calorosa, comunicativa.
 
Aberta porque não há nenhuma tensão restringindo o fluxo de seus sentimentos.
 
Calorosa porque sua energia não está presa a conflitos emocionais.
 
Comunicativa porque não abriga nenhuma defesa neurótica ou esquizóide contra a vida.
 
 
 
 
 

 
 
 
 
O único perigo é a perda da graça.
 
Perdida a graça, logo a graciosidade se esvai de vez.
 
 
 
TÉRCIO PAIVA FARIAS

terça-feira, 27 de agosto de 2013

CULPA FUNCIONAL & CULPA VALOR







Para Freud, o sentimento de culpa é apenas o efeito de um constrangimento social.
 
Sabe-se que até os cães mostram sinais evidentes de culpa quando desobedecem, antes até que se ralhe com eles.

Hoje em dia, até "freudianos" mais convictos admitem
a distinção entre função e valor no âmbito da culpa.


O sentimento de culpa funcional resulta do apontamento de quebras em procedimentos estabelecidos, em combinações tácitas, em tabus socialmente tolerados e, principalmente, em riscos de possíveis perdas da afeição dos outros.





O sentimento de culpa valor, ao contrário disso, resulta de violação dos próprios valores que são, imediatamente, acusados pela consciência como uma clara ruptura de um padrão original.
A culpa valor, no fundo, não mais é do que um auto julgamento feito com liberdade.

O fator de complicação surge quando há oposição entre esses dois mecanismos geradores de culpa.
O movido por sugestão social contra o movido por convicção moral.
Prevalecendo a culpa funcional, a tendência é que sempre um fator externo seja o agente causador de tão avassalador sentimento. 

Mas segundo o que diz Odier, o sinônimo da culpa verdadeira é a culpa valor, pois é ela que diz respeito ao que o indivíduo realmente é, não obstante a existência de interferências externas.
 
Tendo isso como base, fica mais do que razoável dizer que
ao homem cabe ter este sentimento - culpa valor - pois é só através dele que um indivíduo pode reconhecer-se pecador e admitir quão culpado é quão distante está do Deus Todo-Poderoso.



TÉRCIO PAIVA FARIAS
 







segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Parte de prédica do Pr. TÉRCIO na Pibsalto

REDE DA ROTINA



"Com o tempo ficamos mais experientes, é certo.

Mas também mais cautelosos, defensivos, racionais, ponderados e, porque não dizer, medrosos também.

Só vamos na boa.

Nos acomodamos de vez na rede da rotina.





TÉRCIO PAIVA FARIAS 


MEGAFONE NA MÃO




"Tome cuidado ao fazer um julgamento.

Se você pensa que está definindo as mazelas de seu oponente, na verdade, está dando algumas amostras reveladoras de quem você é.

E com um megafone na mão."


TÉRCIO PAIVA FARIAS 

sábado, 24 de agosto de 2013

AMOR DE MARIDO & ESPOSA


 

 AMOR DE MARIDO E ESPOSA 

 






   
Para o marido, o amor deve ser Ativo e Protetor.
Para a esposa, o amor deve ser Passivo e Receptivo.
Não se trata de uma teoria qualquer, é uma regra da natureza.

Se o homem inverter esse papel e tornar-se passivo e receptivo em sua relação com a mulher, acabará neurótico.

Ficará desejando da mulher, em plena vida adulta, toda espécie de mimos que recebeu da mãe na infância.

Não passará de um bebê chorão que não quer, de forma alguma, uma mulher para amar de forma ativa e protetora.
O que ele quer é uma mãezinha que viva a lhe sufocar  de amor.

Pedro - o apóstolo das Escrituras - com autoridade e  razão, especificou:


"Mulheres, sejam sujeitas aos próprios maridos".

Amor passivo e receptivo.

"Maridos, cohabitai com elas, em entendimento, dando honra a elas como vasos mais fracos".

Amor ativo e protetor.

Por mais que se diga o contrário, é assim que a relação conjugal funciona a contento.

Regra imutável da natureza.

 
TÉRCIO PAIVA FARIAS

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

CORPÃO



CORPÃO



"Bem que tento ser razoável em relação ao meu corpo.

Confesso que até presto atenção ao que ele constantemente me sinaliza.

Mas como sou cabeça demais, nunca ouço o que de fato ele diz.

O tempo passa e o resultado lentamente aparece.

E outro não poderia ser: um baita corpão."


TÉRCIO PAIVA FARIAS

ESTOCADA DE DÚVIDA





 "Sigo movido pela fé, todo confiante, até que uma leve estocada de dúvida se materializa e me desestabiliza.
 




Num piscar de olhos, se não tomar cuidado, tudo aquilo que era bom demais pode se transformar completamente em obra de carne.

Numa estocada só."


TÉRCIO PAIVA FARIAS


sábado, 17 de agosto de 2013

MALDADE - UMA QUESTÃO DE ESCOLHA



A maldade é uma questão de escolha.

Se houvesse no mundo apenas uma mãe e seu filho, e a mãe fosse o Bem, e o filho decidisse ser de outro jeito que não o da mãe, o jeito dele seria o Mal.

Não teria de ser uma questão de revolta, apenas de opção.

Seria então a escolha do Mal uma libertação?

Só seria uma libertação se o Bem fosse uma prisão.

E se o Bem fosse a prisão escolhida pelo Todo-Poderoso, quem escaparia?

A maldade existe porque a liberdade permite o dizer não.

Por que o exercício do direito de escolha deveria incorrer em juízo?

Porque toda escolha é um ato de responsabilidade.

E sempre se pode escolher o bem.

O mal é o seu próprio castigo, como o bem é a sua própria recompensa.


ARIOVALDO RAMOS

O MAL DE EPICURO



"Se Deus é bom e Todo-Poderoso, por que não acaba com o mal?
Ou Ele é bom mas não é Todo-Poderoso,
Ou Ele é Todo-Poderoso mas não é bom."
Epicuro (filósofo grego)





O mal proposto na frase de Epicuro não existe.

O mal como ente só poderia existir se um ser absoluto o assumisse como sendo seu caráter.

O mal que existe é a maldade, que trata-se de um desejo, uma decisão, um comportamento.

Coisa de criatura não de Criador.

Para Deus acabar com o mal, Ele tem de acabar com os maldosos.

Para acabar com os maldosos, Ele pode optar pela aniquilação ou pela conversão.

Se optar pela conversão tem de oferecer perdão.

Para oferecer perdão tem de assumir o ônus cobrado pela justiça.



ARIOVALDO RAMOS 
          

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

VERDADE E PARÁBOLA





     Um dia, Verdade decidiu visitar os homens, sem roupa e sem adorno, tão nua como seu próprio nome.

     Todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, sequer se atreviam a lhe dar boas-vindas.

     Assim, Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.

     Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou Parábola, que passeava alegremente trajando um belo e elegante vestido.
 
 
   — Verdade, por que você está tão abatida?perguntou Parábola.

     — Devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! respondeu a amargurada Verdade.

     — Que disparate! — Parábola sorriu.      Não é por isso que os homens a evitam; tome, vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.


     Então, Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e não é que de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada?


     
Os seres humanos não gostam de encarar  Verdade sem adornos.
Preferem-na disfarçada com outras roupagens. 

(conto judaico) 



terça-feira, 13 de agosto de 2013

IMPONDERÁVEIS




IMPONDERÁVEIS

Imponderável é o que não se pode pesar, 
considerar ou avaliar.



Por outro lado, ponderável é o que pode ser considerado com lucidez ou apreciado com maturação.

É o que pode ser exposto com racionalidade, firmado na lógica, observado e analisado em dados, pensado nos mínimos detalhes e dissecado em partes de um todo.



O ponderável permite que nossas mentes, 
embora limitadas, atuem nas coisas comuns da vida, mesmo que sejam carregadas de complexidade.


Algumas pessoas se tornaram especialistas em oferecer soluções para as coisas triviais da vida, 
tornando tudo previsível e passível de administração. 

Isso acontece porque o ponderável diz respeito a tudo o que se configura no campo natural.


Deus, ao contrário dos humanos, vale-se não só do natural, mas principalmente, do imponderável que tem lugar no campo sobrenatural.
  

É assim que Ele estabelece sua vontade nos caminhos e descaminhos do homem em geral.


Por vezes, Deus ouve os clamores de seus servos atendendo aos apelos de fé, e se apraz em atender 
de forma maravilhosa, semeando benefícios 
por meio de coisas e situações consideradas 
como imponderáveis.


Houve um homem no meio do povo de Deus - Acabe - que foi guindado à posição de rei de Israel 
e se estabeleceu em Samaria.


Maldoso como ele só, esse rei fez o que era mau aos olhos do Senhor, suplantando a todos os seus antecessores.



Casou-se com Jezabel – filha do rei dos sidônios – uma devota declarada do deus Baal.


Sendo um tipinho influenciável, Acabe viveu conduzido pela mulher, e por isso mesmo, passou a servir com unhas e dentes ao deus dela - Baal - e de tal forma, 
que facilitou como pode a adoração a ele.

Edificou um altar adornado por um requintado bosque com o objetivo de atrair o povo, afastando-o cada vez mais do Deus Todo-Poderoso.


O problema é que o afastamento de Deus sempre traz consequências, e no caso desse cidadão, 
elas foram evidentes demais.


IMPONDERÁVEL No.1  -  CORVOS TRANSPORTADORES 


Deus ordenou ao profeta Elias que comunicasse 
a Acabe um severo vaticínio sobre o seu reinado.


“Vive o Senhor Deus de Israel, perante cuja face estou que, nestes anos, nem orvalho, nem chuva haverá senão segundo a minha palavra.”     
(I Re. 17.1)


A falta de chuva provocaria seca e fome sem 
precedentes em toda a região.

Mas bom é que se diga, que o profeta Elias também estaria inserido no contexto da punição divina.

Com um ressalto apenas: o tratamento reservado a ele, em meio a adversidade, 
seria diferenciado.


O Senhor então ordenou a Elias que acampasse à margem do ribeiro de Querite.

O significado disse é que, a princípio, o profeta teria garantido o suprimento de água para sua subsistência.


Uma solução ponderável por sua naturalidade.


Mas o homem de Deus, além de beber precisaria de comida para sobreviver, em meio à seca reinante.


Foi aí que o imponderável aconteceu.




Aves de rapina – corvos - foram designadas para trazerem - sabe-se lá de onde - pão e carne, todos os dias, 
logo cedo e ao anoitecer.




Será que é ponderável pensar em urubus servindo “manjares celestiais” a um ermitão solitário 
acampado à beira de um riacho?

Claro que para nossas mentes configuradas em tudo que é ponderável, não há possibilidade de aceitar, por mais que forcemos o nosso lado racional.

Não há explicação plausível para a veracidade do fato, entretanto, segundo descrição bíblica, 
foi isso mesmo que ocorreu.


Uma outra coisa que devemos pensar é que todo tratamento - seja natural ou especial - 
tem prazo de validade.


No caso em destaque, o que era natural e ponderável 
o riacho – devido a grande estiagem, 
como era de se esperar, secou.


O que era sobrenatural e imponderável - os corvos transportando iguarias - continuou.

Mas continuou só até ao ponto em que a natural sede do profeta prevalecesse como necessidade.


Isso quer dizer que, o natural em uma área específica, 
ao tornar-se exaurido, qualquer manifestação do sobrenatural em outra área que não aquela que se exauriu, torna-se algo completamente supérfluo.



IMPONDERÁVEL No.2 – MULTIPLICAÇÃO DE ALIMENTO


Ordens celestiais, por vezes, são difíceis 
de entender e de aceitar.


Deus ordenou que o profeta Elias saísse do acampamento instalado às margens do riacho seco, 
e fosse à casa de uma viúva em Sidom, 
que estava na maior pindaíba.


Meio sem jeito por atestar a situação da pobre mulher, o sedento profeta, pediu-lhe apenas um pouco de água.


Saciada a sede, sentiu uma pontada de fome em seu estômago vazio, e com a maior cara dura, 
pediu-lhe um bocado de pão.


Tomada de espanto, a pobre mulher, 
com toda franqueza, fez um triste relato 
de sua miserável situação.


“Tenho apenas um punhado de farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija, só dão para uma refeição.” (I Re. 17.12)


Eis que então, surge o imponderável e ele advém pela boca do próprio profeta.


“Não tenha medo; vá e faça um bolo pequeno para mim em primeiro lugar, e depois faça para você e seu filho.”    (I Re. 17.13)


Está aí algo difícil de compreender, aceitar, 
e principalmente, cumprir.


Primeiro, o profeta disse à mulher que o medo que ela sentia, tinha que ser eliminado, mesmo sabendo que 
aquela era a última porção de comida 
disponível em sua casa.


Esse princípio é uma constante na Palavra de Deus.


O medo tem que ser domado e ultrapassado de qualquer maneira, não importam as circunstâncias.


Segundo, o profeta disse à mulher: vá e faça, ditando assim, que a ação é imprescindível.


Ficar pensando, inerte, parado, omisso, não leva apenas à estagnação, produz deterioração e morte.



Terceiro, o profeta deixou implícito que para receber, antes de tudo, é preciso dar.
A dádiva abre espaço para o fluxo da graça.


Se a viúva desse vazão ao seu lado racional, com certeza, mandaria o profeta às favas, em dois tempos.


No mundo em que vivemos, sempre somos induzidos a levar vantagem sobre os outros,

Isso ocorre porque o nosso lado racional, temerosamente, teima em nos alertar 
e ressaltar, apenas as carências que nos cercam.


O princípio da Palavra de Deus, segue caminho inverso ao que é ditado pela racionalidade, incentiva-nos a 
dar sempre, sem olhar para as circunstâncias, 
para só depois receber.


Não há lógica nisso, é por isso mesmo, que essa ação pode ser categorizada no terreno dos imponderáveis, onde quase tudo é impossível de materialização.


Mas, como o profeta já tinha experimentado o imponderável antes, tratou de explicar à mulher como é que seriam desencadeados os acontecimentos celestiais.


       “Assim diz o Senhor Deus de Israel: a farinha da panela não se acabará;  o azeite da botija não faltará; até ao dia em que o Senhor 
derramar chuva sobre a terra.”   (I Re. 17.14)



A mensagem profetizando o imponderável já vinha com prazo de encerramento: "até ao dia em que o Senhor derramar chuva sobre a terra". 


Interessante, foi a atitude da mulher: não titubeou, fez tudo como o profeta lhe determinara.


Comeram a pequena porção - a mulher, o filho e o profeta - por muitos dias seguidos. 



IMPONDERÁVEL No. 03  –  RETORNO À VIDA


O miraculoso quando diz respeito a coisas palpáveis, 
não se perpetua, e não tem poder 
de convencimento duradouro.


A mulher, o filho, e o profeta, bem alimentados na  sequidão na terra, sobreviviam nas raias do sobrenatural, até que outra terrível adversidade se manifestasse. 

O filho da viúva adoeceu, a enfermidade se agravou, e por fim, cessou-lhe o fôlego da vida.


Quando uma nova e dura dificuldade aparece, 
tendemos a esquecer de todos os 
benefícios que nos foram outorgados.


A mulher, transtornada, logo elegeu o culpado de tamanha desgraça: o homem de Deus.


“Que tenho eu contigo homem de Deus, vieste a mim para trazeres à memória, a minha iniquidade e matares o meu filho?   (I Re. 17.18)


Quando apontamos para um culpado, não nos damos conta de que sempre nos desnudamos um pouco, e deixamos à mostra, o pior de nosso interior.


A viúva, ao acusar o homem de Deus como culpado pela tragédia que se abatera sobre ela, entregou o ouro de 
seu negro passado, até então, escondido a sete chaves.


No fundo ela sabia que um dia seria descoberta, então, concluiu erroneamente, que a morte do filho era o castigo derramado como vingança de seus erros passados.



O profeta, perplexo, sem entender naquele estágio, os desígnios de Deus, resolveu partir mais uma vez 
para o imponderável.


Por sua conta, deitou-se sobre o cadáver do menino, e por três vezes bradou clemência ao Senhor.


  “Ó Senhor, meu Deus, rogo-te que torne a alma deste menino a entrar nele.”          (I Re. 17.21)


Deus ouviu a voz do profeta, e mais uma vez, manifestou-se através do imponderável.


Fez a alma retornar, e o menino reviveu.


Jubiloso, o profeta tomou o menino em seus braços – vivo – e trouxe-o de volta à mãe.


Diante do miraculoso, a mãe prostrou-se ante ao profeta, e prontamente, reconheceu que ele era realmente 
um homem de Deus.



IMPONDERÁVEL No.04 – CHUVA DEPOIS DA ESTIAGEM


A fome chegou ao extremo. 

Deus então ordenou ao profeta que se apresentasse 
ao rei Acabe e anunciasse que 
Ele derramaria chuva sobre a terra.


“Então disse Elias a Acabe: Sobe; Come: Bebe; 
porque há ruído de uma abundante chuva.” 
(I Re. 18.41)


Se na ocasião houvesse serviço de meteorologia, certamente, em todas as redes de comunicação, a afirmação do profeta seria amplamente contestada, 
e ele, tachado de louco varrido, por anunciar 
a tolice de grande tempestade.


Sob um sol inclemente, Elias subiu ao monte Carmelo, inclinou-se por terra, meteu o rosto entre os joelhos e invocou ao Deus Todo-Poderoso pedindo-lhe mais 
uma vez a manifestação do imponderável celestial.


No próprio monte, Deus ordenou-lhe que olhasse para a banda do mar, e ele o fez, mas nada viu além do óbvio.




Deus insistiu na ordem dada, e especificou que 
olhasse por sete vezes.


Em seis tentativas, o homem de Deus nada vislumbrou, mas na sétima, notou a pequenina nuvem no formado da mão de um homem que vinha da direção do mar.


Arrepiou-se todo, sabia que era o sinal do imponderável, e em assim sendo, a chuva seria abundante.


Célere partiu ao encontro do rei e mandou o recado a plenos pulmões:


“Vai chover, apanha o teu carro e desce rápido antes que a chuva não te impeça.” (I Re. 18.44)








Nuvens escuras se formataram sob uma grande ventania, e logo, uma chuva torrencial desabou sobre a terra.


O poder do Senhor veio sobre Elias que, prendendo a capa com o cinto, correu à frente da carruagem 
de Acabe por todo o caminho.


A vida natural, regulada pelo ponderável, faz com que enfrentemos muitos obstáculos e dificuldades que, não poucas vezes, parecem muralhas intransponíveis.

Isso acontece muitas vezes em nossa existência.


Ocorre que, como seres espirituais que somos, temos a possibilidade de ligação transcendental.

 Ela ocorre quando clamamos, suplicamos e intercedemos por outrém ao Deus Todo-Poderoso.


Janelas do céu se abrem e os imponderáveis são despejados, sobrepondo-se em nosso mundo, 
com o fito de nos favorecer.

E o que é belo nisso tudo: sem desfigurar a nossa trilha natural, que um dia nos foi reservada.
    

Passada a manifestação do imponderável, tudo volta à ordem natural, mas uma diferença fundamental:

A alegria - que é a força do Senhor - inunda de vez e por inteiro, todo o nosso coração.



TÉRCIO PAIVA FARIAS