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terça-feira, 13 de agosto de 2013

CORINTHIANS







 

O Corinthians não nasceu para ser um time de futebol. 

Nasceu para dar voz ao povo.

Nasceu para fazer vingar um projeto de solidariedade.

Nasceu para dar protagonismo a quem era excluído conforme o ideal anarco-humanista dos operários do Bom Retiro.

O Corinthians nasceu para mostrar que raças não definem virtudes e que o amor dos iguais pode realizar grandes façanhas.

O Corinthians nasceu para romper uma muralha das elites quatrocentonas e dizer que o negro é trabalhador, que o calabrês não rouba na balança, que o japonês é sabido, que o índio é inteligente, que o grego faz muito mais que quebrar pratos, que os libaneses conhecem poesia, que os espanhóis são também tolerantes, que os portugueses podem ensinar altruísmo, que mulheres e homens têm as mesmas capacidades, que sonhos compartilhados têm muito mais valor.
 
Libertadores é detalhe. 

Ela presta uma satisfação aos outros, e não àqueles que aprenderam a amar o Corinthians como a mais autêntica e democrática instituição popular brasileira. 
 
O Corinthians surgiu inspirado pelo cometa Halley, para lançar luz de esclarecimento na treva do egoísmo bandeirante.

Nasceu para revelar o gênio político de Sócrates Brasileiro, a generosidade de Wladimir e as imensas virtudes do cidadão anônimo deste país. 

Nasceu para inspirar Luiz Inácio Lula da Silva a cuidar de seu povo e compreender seus rituais de superação.

O Corinthians nasceu para ser o que precisávamos ser. 
 
O resto? Bem, o resto é apenas futebol.



WALTER FALCETA JR.


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