Após a morte da mãe, toda vez que Isaque adentrava em sua tenda, sentia o impacto da escuridão reinante.
A tristeza invadia seu coração.
A luz fulgurante das alegres festas na Tenda de Sara,
apagara-se de vez.
A farinha do chalá, embora ainda parecesse intacta,
mofava num canto qualquer.
A presença divina, outrora tão viva,
tinha-se evaporado de vez.
Restou a Isaque orar no campo sozinho, aliás,
um ritual por ele instituído,
um ritual por ele instituído,
e com marca distintiva: minchá - oração da tarde.
Até que num certo dia chegou a deslumbrante Rebeca, dominando tudo à sua volta, principalmente, o coração do solitário e entristecido Isaque.
Enfeitiçado por seu brilho pessoal, Isaque não teve dúvidas, levou a bela mulher direto à Tenda de Sara.
As três bênçãos retornaram como que por encanto.
A presença divina se estabeleceu;
a farinha transformou-se em chalá -
o pão trançado das festas;
e o riso, correu solto nas feições de todos.
TÉRCIO PAIVA FARIAS
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