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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ALEGRIA NA TENDA DE SARA



Após a morte da mãe, toda vez que Isaque adentrava em sua tenda, sentia o impacto da escuridão reinante.


A tristeza invadia seu coração.

A luz fulgurante das alegres festas na Tenda de Sara, 
apagara-se de vez.

A farinha do chalá, embora ainda parecesse intacta, 
mofava num canto qualquer.

A presença divina, outrora tão viva, 
tinha-se evaporado de vez.

Restou a Isaque orar no campo sozinho, aliás, 
um ritual por ele instituído,


e com marca distintiva: minchá - oração da tarde.
 
Até que num certo dia chegou a deslumbrante Rebeca, dominando tudo à sua volta, principalmente, o coração do solitário e entristecido Isaque.

Enfeitiçado por seu brilho pessoal, Isaque não teve dúvidas, levou a bela mulher direto à Tenda de Sara.

As três bênçãos retornaram como que por encanto.

A presença divina se estabeleceu;
a farinha transformou-se em chalá -
 o pão trançado das festas;
e o riso, correu solto nas feições de todos.

   A alegria, finalmente, voltara à Tenda de Sara.



TÉRCIO PAIVA FARIAS

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