Nos perdemos, às vezes, com voltinhas e arrodeios por receio de ferir ou magoar a alguém que, comprovadamente, é mal-intencionado em suas ações e aspirações.
Neemias não cometeu esse erro.
Um certo cidadão horonita chamado Sambalate, ao tomar conhecimento dos intentos e esforços de Neemias, juntou-se a seus comparsas - o amonita Tobias e o árabe Gesém - e em meio a gargalhadas, tiraram uma da cara do homem de Deus ao verem o povo todo mobilizado para a reconstrução das muralhas de Jerusalém.
Entre tantas chacotas, uma, mais venenosa se destacava.
Os meliantes alardearam que a atitude de Neemias era tão grave que se materializava como rebelião ao rei.
O rei em questão era Artarxerxes, o poderoso senhor da terra de então que, inclusive, tinha Jerusalém sob sujeição.
A oposição dos três desqualificados - Sambalate, Tobias e Gesém - não se dava por idealismo e nem por lealdade a quem quer que fosse.
A grande preocupação dos maus elementos era com o aspecto material, dizia respeito ao que tinham amealhado naquelas paragens por meio de falcatruas, armações e aquisições indevidas.
Não queriam perder a boquinha de jeito nenhum, aliás, rica boquinha, toda forjada em cima da ingenuidade e passividade do povo.
Neemias, que espertamente tinha diagnosticado os crimes praticados pelo bando, foi direto ao ponto em suas colocações.
"Deus nos fará bem sucedidos.
No que lhes diz respeito: Não são da terra; Não são da região;
Não têm parte nas tradições religiosas do
Não têm parte nas tradições religiosas do
povo; Não têm direito legal sobre Jerusalém;
Nada lhes é favorável quanto ao estilo de vida que praticam"
(Ne. 2.20)
Com discernimento, conhecimento de causa e grande autoridade moral, Neemias falou e disse.
Direto ao ponto.
TÉRCIO PAIVA FARIAS
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