Seguidores

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

FALTA DE MOTILIDADE


Os homens do Novo Testamento eram indivíduos que tinham força motriz, ou seja, valiam-se abundantemente da faculdade de movimentar-se para expandir o Reino que chegara.

Um certo artigo em uma revista de bordo de uma companhia aérea norte-americana, defendia a tese de que todas as doenças do ser humano advêm da passiva atitude de ficar sentado horas a fio, ininterruptamente.

O homem foi feito para mover-se, levantar-se, dar-se ao trabalho até que o cansaço chegue.

Só então deve recolher-se ao descanso, mas apenas para que fique apto outra vez às suas atividades de trabalho.

Ao homem é permitido o ato de sentar-se em folguedo sim, mas só pelo tempo estritamente necessário, e imediatamente retomar à motilidade.

A versatilidade do corpo humano faz com que ele se movimente de mil maneiras e executando as mais complicadas e variadas funções.

Os homens, no entanto, abdicaram dessa graça chamada  motilidade, e tão claramente, que têm preferido a inércia do permanecer sentado em completa imobilidade.


Tal postura é muito perigosa, já houve constatação de que tem sido responsável por alterações da pressão arterial, danos a órgãos vitais e, até por problemas psicológicos traumáticos.

Quer o articulista esteja certo ou errado, não custa apropriar-se do texto e tecer algumas considerações.

A estática posição sentada não seria também a causa de muitos problemas espirituais?

Ora, problemas espirituais numa comunidade são, em sua maioria, provocados por "crentes de bancos de igreja".

Esses "sentados" ou "crentes de bancos de igreja", só têm uma serventia, terrível por sinal: criticar os que são ativos, e o fazem sem deixar de cantarolar "Firme nas Promessas", esperando que as tais promessas se materializem de vez, desde que não tirem o traseiro do assento no banco, por nada neste mundo.

Motilidade para eles é zoada, é bagunça, é perda de tempo.

No que lhes toca, o que importa são cânticos harmoniosos bem executados, palavras ajustadas ao calibre de cada um, e o principal, conforto dos bancos e cadeiras especiais para a plateia.

Aliás, bancos de igreja são de fundamental importância para eles, de preferência, devem ser almofadados e macios o suficiente para não machucar as nádegas rechonchudas.

Os "crentes de bancos de igreja" estão cada vez mais ávidos  por conforto, prazer, e descanso, e cumprindo tabela em rápidos e inoperantes cultos de sessenta minutos.

Lentamente definham para a morte.

Por falta de motilidade.


TÉRCIO PAIVA FARIAS   


Nenhum comentário: