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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

VAQUINHA & BOLA




VAQUINHA   &   BOLA



Com os pobres é assim: tem que fazer vaquinha.

E não é que resolve?

Vaquinha sinaliza benefícios à vista, o que é, aparentemente, para lá de bom.

O problema da vaquinha é a dependência que suas fatias saborosas causam, tendo em conta que elas são viciantes em si mesmas.

Com os ricos, vaquinha soa extremamente vulgar.

Para eles, vaquinha não dá liga.

Bola, sim, soa-lhes mais apropriado.

Bola pode ser apenas um montante a mais com ares de generosidade.

Só que tem um senão: privilegia um, aprisiona o outro.

Bola também pode ser um naco de carne envenenada, muito usado para matar cãezinhos indefesos.

Nesse caso, é instrumento de morte. 

Mas bola, também pode ser um mecanismo, aliás, muito usado ultimamente, para assassinar reputações.

Nesse caso, é crueldade na acepção da palavra.

O problema da bola, é que em seu núcleo jaz a semente da corrupção.

E como você e eu sabemos, a corrupção uma vez aplicada só tende a frutificar.



 TÉRCIO PAIVA FARIAS



IGUARIA AOS PODEROSOS




IGUARIA AOS PODEROSOS


Há indivíduos que acham que são alguma coisa só porque, temporariamente, alcançaram certa posição de poder.

A esses, a falta de escrúpulos logo se estabelece e se torna marca distintiva em sua conduta.

Esses tais, sem dor na consciência, oferecem de bandeja os mais simples, como se fossem iguaria aos poderosos.

E o que dizer dos poderosos? Ah! esses, babam como bobalhões ávidos por abocanhar a iguaria oferecida.

O duro disso tudo é constatar os mais simples - carne de matadouro - repercutindo admiração pelos poderosos que os querem tragar.

Assim caminha a desigualdade.


TÉRCIO PAIVA FARIAS


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

DERRETAM OS SANTOS







Houve uma época na Inglaterra que quase toda prata e ouro foram utilizados para a fabricação de santos que ornavam as igrejas.

O rei, preocupado com a falta de prata e ouro para cunhar moedas, deu uma surpreendente ordem ao seu ministro da economia:


"Derretam os santos e os coloquem rápido em circulação."



TÉRCIO PAIVA FARIAS




BOA FORTUNA




Um certo rabino viu um homem em desembalada carreira na rua.

Sem se conter, abordou-lhe:
 

"Por que corres, ó homem?"

Ofegante, o corredor respondeu:

                   "Corro atrás da boa fortuna para mim."
 

     Balançando a cabeça, sem acreditar no que ouvia, o                                  rabino replicou:
 

"Homem tolo! A boa fortuna tem tentado te alcançar, mas tu não paras de correr."




                                   WAYNE MÜLLER


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

AUXÍLIO MÚTUO



Um certo rabino, muito justo, teve permissão para visitar Gehena, tido como purgatório e Gan Eden, tido como paraíso.

No Gehena, gritos horrendos provinham de rostos angustiados.

Todos estavam sentados à volta de uma grande mesa e, sobre ela, iguarias, as mais deliciosas que alguém possa imaginar, adornadas por pratarias e louças que o justo rabino nunca vira igual.

Sem entender por que sofriam tanto, o justo rabino observou que os seus cotovelos estavam invertidos, de tal maneira que não podiam dobrar os braços para conduzir aquelas delícias às suas bocas.

O justo rabino seguiu adiante e chegou ao Gan Eden.

Todos gargalhavam felizes diante de um esplendoroso clima de festa.

Observando melhor, surpreendeu-se ao ver que todos estavam sentados à volta de uma grande mesa, exatamente como vira no Gehena, inclusive, com iguarias, pratarias e louças semelhantes.

Mais assustado ficou ao ver que todos também tinham seus cotovelos invertidos.

Só que um detalhe fazia toda a diferença.

Cada um deles levava comida à boca do outro e assim, todos eram beneficiados.




Uma História Hassídica

NUMINOSIDADE



NUMINOSIDADE

Numinosidade, um termo cunhado por Rudolph Otto ao traduzir a expressão "nominous".

"Nominous" retrata a experiência que temos quando sentimos que estamos inegavelmente, irresistivelmente, inesquecivelmente na presença do Divino.


Podemos dizer que Numinosidade diz respeito à vivência de algo que transcende a todas as limitações humanas.



E como isso é completamente inexplicável,  Numinosidade não cabe, de forma alguma, no vocabulário humano.



O que temos como certo é o fato de ficamos sem palavras quando usufruímos por inteiro desse etéreo sentimento.






Numinosidade é privilégio que nos é outorgado pelo próprio Deus.





TÉRCIO PAIVA FARIAS